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Uma vida ao serviço da nação - foi assim que António de Oliveira Salazar quis ficar conhecido para a História. Um homem sério, ex-seminarista, casto, antiquado, pouco dado a devaneios amorosos. Tudo a bem da nação. Mas a paixão bateu bem cedo à porta deste homem. Conhecido por ser também um trocatintas, Salazar tocou o coração de várias mulheres, deixando-as, sem esperança, a suspirar de amor: Felismina de Oliveira, o seu primeiro amor; Júlia Perestrelo, a jovem a quem dava explicações; Maria Laura, o amor pecaminoso; Maria Emília, a bailarina e astróloga que o ajudava a tomar decisões consoante os astros; Maria, a Governanta de Portugal, e as suas sobrinhas, que rapidamente ganharam um lugar no seu coração e ficaram conhecidas como as pupilas de Salazar; Mercedes Feijó, a amante do Hotel Borges; ou Christine Garnier, a jornalista que o levou, num ato pouco usual, a abrir os cordões à bolsa para enviar garrafas do melhor vinho para França. Apesar dos rumores e mesmo de algumas notícias de jornal, António de Oliveira Salazar nunca casou. Preferiu levar uma vida de D. Juan, um destruidor de corações que nunca conseguiu fazer nenhuma mulher feliz.