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Era um frigidíssimo dia de Janeiro de 1847, por volta das 9 horas da manhã, o Sr. Hermenegildo Fialho Barrosas, brasileiro grado e dos mais gordos da cidade eterna, estava a suar, na Rua das Flores, encostado ao balcão da ourivesaria dos Srs. Mourões. As camarinhas aljofravam a brunida testa de Fialho Barrosas, como se a porosa cabeça deste sujeito filtrasse hidraulicamente o estanque de soro recluso no bojo não vulgar do mesmo. (...)