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Existe na Índia, no decrépito palácio do defunto rajá de Badalpur, um pequeno jardim onde uma jovem ocidental se vem regularmente recolher: essa jovem, Zabr, filha de sultana e descendente de um dos últimos soberanos de Constantinopla, é também filha de rajá e filha portanto da terra que a viu nascer. No entanto, quando aos vinte e um anos, Zabr reencontra o pai, depara-se com uma família destruída pela independência da Índia, pertencente a uma comunidade muçulmana minoritária e perseguida, num país onde os seus hábitos ocidentais e a sua condição de mulher a expõem a constantes humilhações. Com a derrocada desse universo, Zabr é obrigada a partir.
Quando regressa, vinte anos depois, é para constatar que as "raízes" a que cada um se prende são apenas barreiras que limitam, miragens que cegam, bengalas que nos ajudam a ficar de pé. Livre finalmente dos fantasmas que a acompanhavam, Zabr vai poder então partir para outros horizontes.
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