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Tudo começa em Fátima durante o almoço anual de antigos combatentes da Guerra Colonial, um ritual que costuma contar com a presença de familiares. Após o convívio, Jaime e dois antigos companheiros de armas – Germano e Zezé – peregrinam pelo norte do País (do Porto, passando por Pitões das Júnias até às profundezas da Serra de Alvão), à procura de velhos camaradas.
A descoberta por parte de Jaime (ex-alferes, combatente em Moçambique, casado com Glória, que colmata a monotonia casamenteira com conquistas nas redes sociais) de Paula, a professora de ioga, uma trintona avançada, com quem manterá uma relação amorosa repleta de contra-sensos, constitui matéria fundamental da crónica deste alferes. É o tempo em que se recordam momentos da Guerra Colonial, bem como a morte, em 1971, de quatro cadetes numa lagoa da Tapada de Mafra, durante a instrução; os diálogos nas redes sociais com mulheres de diferentes estratos, até um fim-de-semana de Jaime e Paula, em Barcelona, aquando do vulcão na Islândia. Para trás ficam, ainda, a noite da queda do I Governo Constitucional, em Dezembro de 1977, e a fuga da rainha D. Amélia para Gibraltar, em Outubro de 1910, a partir da Ericeira, local onde reside Paula… Em resumo: o retrato de um tempo, o confronto geracional e a eterna solidão...