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A exploração é praticada à semelhança da sociedade esclavagista: o súbdito do Estado só trabalha para o único senhor que o comprou e dele se torna um capital próprio; no fundo, não passa de gado que tem de ser cuidado, albergado, e cuja reprodução muito preocupa o seu dono.
«A Leste como a Oeste, o ser, que já se degradara em ter com a revolução burguesa, só vegeta como parecer. Mas esta brutal despossessão contém em si o segredo do seu fim: ninguém, na Polónia ou em Portugal, pode enganar-se sobre a miséria da sua condição, o carácter profundamente espectral da sua existência.» (do posfácio, José Teixeira da Silva)
1983; 124 p.