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Companheiro inseparável d’A Sociedade do Espectáculo, os Comentários (1988) actualizam e confirmam, ao fim de vinte anos, as teses anteriores de Guy Debord, apresentando a noção de «espectacular integrado»: um conceito global que reúne o «espectacular difuso» do american way of life e o «concentrado» dos regimes totalitários, vertido na manipulação cada vez mais sofisticada dos desejos do ser humano, operada por Estados e meios de comunicação em nome do bem oleado capitalismo moderno. Este balanço do autor, quando o espectáculo se tornara ainda mais irracional e omnipresente do que ele previra em 1967 — que passa em revista a mentira e a contra-informação como técnicas para alcançar e manter o poder, a psicologia da submissão das massas, o fenómeno do culto das celebridades —, continua a falar alto e bom som, com clarividência, à contemporaneidade em que nos movemos.
2021, 96 p.