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Nesta obra, Diego Abad de Santillán nos traz uma bela biografia do anarquista mexicano Ricardo Flores Magón, inegável exemplo de caráter e comprometimento. Um homem que foi, sem dúvida alguma, o maior expoente libertário da Revolução Mexicana do início do século XX. É por meio de sua história que nos remetemos ao México da ditadura de Porfírio Diaz, à criação do periódico Regeneración e do Partido Liberal Mexicano (PLM) – uma agremiação inspirada abertamente no anarquismo –, e a toda resistência que se seguiu à ditadura e depois ao governo “democrático” burguês de Francisco Madero. O relato da morte de Magón na prisão de Leavenworth, Kansas, traz à tona questões de extrema atualidade, como o papel do Estado na repressão dos movimentos sociais e os absurdos cometidos nas prisões, como nos recentes casos de Abu-Graib ou Guantánamo. Ricardo Flores Magón e o movimento encabeçado por ele são mais um desses tantos exemplos da História em que movimentos sociais libertários e revolucionários, criados fora do Estado e em oposição a ele, lutam contra a opressão e por seus direitos de autonomia e liberdade.
2006, 128 p.