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Nunca a invisibilidade do poder foi tão absoluta como na era informática - vigiar tudo sem sequer ser pressentido - mas também nunca a vigilância foi tão longe, atingindo os mais recônditos recantos da nossa privacidade e interioridade. Mudar de vida, abandonar os modelos económicos de crescimento, superar as sociedades devoradoras de energia não precisa de ser pensado e planeado por tecnocientistas e executado por políticos de carreira. A mudança pode ser feita fora do capitalismo tecno-industrial, evitando as desigualdades mundiais e sociais gigantescas que a última etapa deste sistema trará consigo e evitando ainda o estrangulamento de qualquer resquício de liberdade individual. Sair do capitalismo industrial é uma necessidade imperiosa para poder alimentar a esperança de haver futuro na Terra.
Nova versão do texto publicado na revista A Ideia nº 100/103 (Outono de 2023).