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Chamaram-lhe uma «morte para limpar a honra da família», mas para Elizabeth Kim, a noite em que viu o avô e o tio pendurarem a sua mãe numa viga de madeira, ao canto da pequena cabana coreana, fora homicídio a sangue-frio. A mãe cometera o pecado de se deitar com um soldado americano e, não só concebeu uma criança bastarda como uma honhyol – uma criança de raça mista, considerada de valor inferior a nada. Deixada como lixo num orfanato cristão, na cidade de Seul do pós -guerra, aterrorizada e em sofrimento, Kim passou involutariamente à fase seguinte da sua extraordinária vida, ao ser adoptada por um pastor fundamentalista e pela mulher deste nos Estados Unidos. Num ambiente cuja língua e costumes desconhecia, mas receosa de voltar para o orfanato, ou até de ser morta, Kim treinou-se para ser uma criança perfeita. Mas tal como as feições a denunciavam na Coreia, também o seu aspecto asiático lhe lembrava permanentemente de que não pertencia ao seu novo ambiente social de raça branca. Depois de ter saído da casa dos pais adoptivos, apenas para contrair um casamento abusivo e dominador, Kim dedicou, finalmente, um tempo só para si, ao ter uma filha e de ter fugido com ela para um refúgio mais seguro, algo que a mãe não pudera fazer por ela.
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