Amargo e doce amor

Ao contrário da amiga Gail, Índia Taylon sentia-se feliz com a vida que escolhera.
Fotografa perita em cenários de guerra e de mérito reconhecido acordara, ao casar com Doug, abdicar da carreira para criar os filhos.
Começou, porém, a pôr em causa essa decisão no dia em que, perante a possibilidade de voltar a trabalhar, mesmo que só esporadicamente, esbarrou com a inflexibilidade do marido que, além de desvalorizar a sua carreira, via nela não a mulher que amava tal como Índia acreditava, mas apenas uma companheira decente e alguém em quem podia confiar para cuidar dos filhos.
Durante as habituais férias de verão em Cape Code, conheceu Paul Ward, banqueiro de Wall Street e Serena Smith sua mulher e escritora famosa que Índia admirava.
Deprimida encontrou em Paul um aliado que a incentivou a não desistir dos seus sonhos.
E quando Serena morreu tragicamente num acidente de avião foi em Índia que Paul, refugiado no seu iate Sea Star, encontrou a força necessária para continuar a viver.
Apaixonaram-se e, depois de tanto sofrimento, pensaram poder ficar juntos. Mas Paul não conseguia esquecer Serena e afastou-se de Índia deixando-a desolada.
Voltaram a encontrar-se no Ruanda. Ela fazia uma reportagem sobre órfãos num hospital na selva e ele era um dos pilotos que fazia o transporte de alimentos.
Quando voltou a Cape Code, Índia não pode deixar de pensar em tudo o que tinha acontecido no espaço de um ano. Tanta coisa mudara.
E num dia de tempestade o Sea Star atravessou as águas revoltas e, tal como Índia desejava, um homem capaz de enfrentar um furacão veio à sua procura.