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Ao longo dos últimos 30 anos, a jornalista Maria João Avillez travou um curioso diálogo com Álvaro Cunhal, o mais marcante líder do PCP e figura incontornável do século XX português. Embora fossem adversários políticos, Cunhal sempre exerceu um grande fascínio em Maria João Avillez, que o considera, a par de Francisco Sá-Carneiro e Mário Soares, um dos três rostos fundadores da democracia portuguesa. E com este livro que agora publica, MJA conclui um tríptico desse "panteão": "O principal motivo de orgulho e de felicidade que sinto neste momento é ter conseguido deixar escritos testemunhos sobre esses três homens que marcaram a nossa democracia." (Visão, 20/5/04)
Cunhal sempre foi avesso a expor a sua vida privada, assumia sempre e exclusivamente a sua dimensão política. MJA lá ia tentando nas entrevistas, com alguma persistência, querer também saber dessas coisas. Mas o líder do PCP recusava-se, de forma elegante. O livro reúne vários elementos desse diálogo ao longo dos anos: entrevistas, crónicas, excertos de diários, bilhetes trocados entre os dois.
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