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Em 1942, o militar inglês Arthur Dodd foi capturado pelo exército nazi e levado para um lugar distante e ermo. De início pareceu-lhe uma enorme quinta onde ele e os companheiros seriam pelo menos bem alimentados enquanto aguardavam o fim da guerra - mas estava enganado. O nome desse lugar era Auschwitz.
O jovem soldado foi colocado na zona do campo de concentração onde várias empresas alemãs, muitas ainda hoje existentes, produziam equipamento indispensável ao esforço de guerra do Terceiro Reich. Faziam-no com recurso ao trabalho escravo dos prisioneiros, que eram selecionados à chegada pela famigerada equipa do Dr. Mengele e depois alvo de uma violência brutal e constante.
Foi neste clima de hostilidade extrema que judeus e britânicos arriscaram a vida a ajudar-se mutuamente, a transmitir informações para o exterior, a planear fugas e, acima de tudo, como nos conta Arthur, a sabotar a produção do campo. Sujeito a trabalhos forçados, quebrado pela fome e espancado selvaticamente, enquanto assistia a atrocidades inconcebíveis, Arthur convenceu-se de que nunca escaparia vivo para contar o que ali se passava. Essa ausência de esperança levou-o a aceitar o risco de participar no maior esforço de sabotagem alguma vez feito em Auschwitz, e que resultaria na destruição da principal central elétrica do campo de concentração.
Esta é uma história de coragem e medo que ainda hoje nos surpreende. Passados 75 anos sobre o fim da guerra, muitos são os livros publicados sobre Auschwitz, mas a verdade é que só a recolha das memórias de sobreviventes como Arthur, depois da destruição sistemática de provas antes da libertacão dos campos, permite formar uma imagem do que ali aconteceu. Vários antigos prisioneiros Que nunca tinham relatado publicamente a sua experiência reforçam nestas páginas a autenticidade do extraordinário testemunho de Arthur Dodd e ajudam a fazer deste livro uma obra fundamental para conhecer um dos episódios mais negros e sórdidos da história da humanidade.