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Marian é uma mulher deliberadamente vulgar, que espera casar-se mais dia menos dia. Gosta do seu trabalho, da amiga quase ninfomaníaca com quem partilha o apartamento, do seu noivo excessivamente fleumático. Ao princípio tudo parece correr bem. Mas Marian não contou consigo mesma, com aquilo que é na realidade: uma mulher que deseja um pouco mais do que aquilo que tem, que inconscientemente vai sabotando os seus próprios planos, a sua rotina, a sua digestão. E Marian descobre, por fim, que há coisas que não suporta...
A Mulher Comestível foi publicado em 1969, coincidentemente com a ascensão do feminismo na América do Norte.
Muita gente pensou de imediato que o livro era, pois, um produto desse movimento. Ora o romance fora escrito, na verdade, quatro anos antes. Como diz a própria autora:
«Eu encaro o livro mais como protofeminista do que como feminista. Não existia qualquer movimento feminista quando o escrevi, em 1965, e eu não tenho o dom da clarividência apesar de, a exemplo de muitas mulheres dessa época, ler Betty Friedan e Simone de Beauvoir à porta fechada. Vale a pena realçar que as opções da minha heroína se mantêm praticamente inalteradas ao longo de todo o livro: ou uma carreira que não conduz a parte alguma, ou um casamento para escapar à carreira. Mas estas eram as opções de qualquer jovem, ainda que instruída, no Canadá dos anos 60. E seria aliás um erro acreditar que as coisas mudaram verdadeiramente».
«Uma reflexão sobre o casamento, a culpa e as relações entre os sexos - típico território de Margaret Atwood.» The Guardian