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Myra Breckinridge é uma caricatura plena de humor e subtileza dos costumes viris da época: um andrógino põe em questão a virilidade tradicional, animado pelo propósito de devolver à mulher poder social há muito usurpado pelo macho...
Na óptica de Harold Bloom (um dos mais significativos críticos norte-americanos do nosso século, teórico exímio do Romantismo e autor admirado e estudado de Anxiety of Influence), a polémica contida em Myra..., no âmbito de «uma estética neopornográfica avançada», expressa-se no seguinte juízo:
"Existem apenas mulheres e homens, alguns dos quais preferem o seu sexo, alguns o outro, alguns ambos. Esta é a carga de Myra Breckinridge, transportada até ao leitor com leveza, impetuosidade, lassidão, alegria e arte. Conclusão (e citando ainda aquele crítico norte- americano): «temos de deixar de falar de homossexuais e heterossexuais."
Refira-se, por fim, que Myra Breckinridge, de Gore Vidal, foi considerado como um dos vinte melhores romances dos últimos 50 anos pelo British Book Marketing Council.
Embora seja do século passado está como novo, miolo branquinho e íntegro (ver foto 2), tal como capa e lombada.
Para apreciadores, nostálgicos ou curiosos ;)