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Assumindo a força de um relato na primeira pessoa, despojado, limpo, por vezes cru, "na massa do sangue" fala-nos da condição feminina do Portugal pobre de meados do século XX. É nesse país marcado pela ruralidade, cenário quotidiano dos que passavam menos bem, da fome, das mulheres silenciadas, da violência doméstica consentida e da emigração, que a autora nos surpreende com uma história de vida igual a tantas outras, mas que nos chega cheia de surpresas.
Uma narrativa que num instante nos faz soltar uma gargalhada genuína e no outro nos prende à leitura pela empatia, pelo arrebatamento, pela autenticidade. Um romance que não cai em tentação, longe dos lugares comuns da nossa era.
DELIBERAÇÃO DO JURI
DO PRÉMIO LITERÁRIO DO MÉDIO TEJO