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Uma promissora estreia é o que nos reserva o primeiro livro de Bernardo Rodo, um autor português que decidiu contar a história de uma família. Bastante bem escrito, com uma boa trama e um apurado sentido de humor, este não é decerto um livro indiferente à grande maioria dos leitores. Assume-se como um romance literário, não ligeiro, embora destinado ao maior número de leitores amantes de percursos sinuosos. A Pátria dos Loucos trata-se de uma obra que descreve a história da família - os Pereira - que em tempos do antigo regime adquiriram uma mansão no Alentejo. Ao fundador Sebastião Pereira, seguem-se filhos e depois netos. A Pátria dos Loucos acompanha principalmente três homens, e algumas das mulheres que com eles se relacionaram. Um dos homens é um dos filhos do Pereira fundador, Arnaldo. Os outros dois homens, os mais importantes da história, são os netos Sebastião e Alfredo, primos mas tão unidos como irmãos. Com a criação de um clima a fazer lembrar García Márquez, a história deste talentoso novo autor é um pouco a de uma época, embora se concentre mais nas pessoas, do que em sociedades ou regimes. Por isso, se procura autores portugueses emergentes, encontrará n’A Pátria dos Loucos um bom exemplo para sentir o prazer de uma boa leitura.