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Bestiários são colectâneas de descrições breves de toda a sorte de animais, reais (natura) ou fantásticos (mirabilia), algumas vezes ilustradas e acompanhadas por uma glosa moralizante.
Apesar de lidarem com o mundo natural, os bestiários jamais intentaram constituir-se como textos científicos, não devendo ser tidos por tais.
De facto, a hermenêutica medieval, justapondo natura, símbolo e alegoria, identifica nos animais (e nas mirabilia), e respectivos comportamentos, exemplos (exempla) úteis para a classificação ética dos tipos humanos.
O primeiro bestiário digno desse título denomina-se Physiologus (o Naturalista).
Santo Agostinho validou os bestiários, sustentando que não o preocupava se determinados animais existiam ou não, mas apenas o que eles significavam.
Sinal do revivalismo dos bestiários foi dado por Barthélemy Aneau e Joachim Camerarius, os quais adoptaram os animais como temas de livros de emblemas e divisas.