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Embora não haja uma organização definida pelo autor, nem indicações quanto à edição dos diários, Al Berto alimentava o corpo dos cadernos com notas e esboços, acreditando, por vezes, que esse devir-obra da sua própria vida pudesse ganhar uma dimensão diferente, uma outra "força", "outra leitura" se ponderasse a sua publicação. Decidimos agora, de acordo com a vontade dos herdeiros legais e, ao mesmo tempo, fazendo eco do desejo de Al Berto, tornar públicos estes documentos privados.
Nestes Diários sobressai o registo diário de algo que servia para um uso pessoal e íntimo. Estamos perante um corpus que se expõe a si mesmo, que se dá no ritmo efervescente da criação mas também na sua fragilidade, na dúvida.
Críticas de imprensa
«É também aqui, na impossibilidade da reprodutibilidade do género, que não se ensina, que não se aprende, que se vê (de) onde nasce a escrita, como tão claramente expõe este “laboratório poético” que são os Diários de Al Berto agora publicados. […] 500 páginas de pulsão autobiográfica pujante. […] “Uma bala anda à solta” neste livro e isso é quanto baste para o devorar.»
Raquel Ribeiro, Público