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Com base na convicção pessimista de que a vida dos seres humanos oscila entre a dor e o tédio e que, consequentemente, este mundo não é senão um vale de lágrimas, Schopenhauer usa o engenho humano e a prudência prática para encontrar regras de conduta e de vida que nos ajudem a evitar as dificuldades e os golpes do destino, na esperança de que, embora a felicidade absoluta seja inatingível, possamos alcançar aquela felicidade relativa que consiste na ausência de dor.
Deve-se ter o cuidado de não construir a felicidade da vida sobre uma base ampla - não precisar de muito para ser feliz. Não é ao prazer, mas à ausência de dor que a pessoa sábia deve aspirar. Para estimar a condição de alguém em relação à felicidade é necessário perguntar não o que lhe agrada, mas o que o preocupa; e quanto mais triviais forem estas preocupações, mais feliz será a pessoa.
Ao percorrer a sua vida, uma pessoa achará útil estar pronta e capaz de fazer duas coisas: olhar em frente e ignorar; uma irá protegê-lo de perdas e ferimentos, a outra de disputas e brigas. Aquilo que o homem tem para si mesmo, o que o acompanha na solidão, e ninguém pode dar ou tirar dele: isto é muito mais essencial do que tudo o que ele possui, ou o que ele é aos olhos dos outros.
O Pequeno Manual Para Ser Feliz de Arthur Schopenhauer é uma verdadeira obra-prima literária, escrita por um dos maiores filósofos que o mundo já conheceu.