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O novo romance de Philip Roth é uma história iniludivelmente íntima, embora universal, de perda, arrependimento e estoicismo. O autor de sucessos editoriais como A Conspiração contra a América, desvia agora a sua atenção do «encontro pungente de uma família com a história» (New York Times) para a vida de combate de um homem contra a mortalidade.
O destino do homem de Roth (everyman) é traçado logo a partir do primeiro e chocante confronto deste com a morte, nas praias idílicas dos seus verões de infância, passando pelas provações familiares e pelos sucessos profissionais da sua vigorosa idade adulta e terminando na velhice, em que se sente dilacerado pela decadência dos seus contemporâneos e perseguido pelos seus próprios padecimentos físicos.
Criativo de sucesso numa agência de publicidade de Nova Iorque, é pai de dois filhos, de um primeiro casamento, que o desprezam, e de uma filha, de um segundo casamento, que o adora. É o irmão querido de um bom homem, cuja boa forma física virá a despertar nele uma amarga inveja, e é o solitário ex-marido de três mulheres muito diferentes com quem teve casamentos desastrosos.
É, afinal, um homem que se tornou naquilo que não quer ser. Todo-o-Mundo vai buscar o seu título a uma peça teatral alegórica de um autor anónimo do século xv, um clássico da dramaturgia inglesa antiga, que tem por tema a chamada dos vivos à presença da morte.
Críticas
«Everyman [Todo-o-Mundo] é uma obra-prima absoluta. Cabe em pouco mais de cento e vinte páginas [...], e elas são bastantes para nos abstrair de tudo o que não seja a narrativa. É com livros assim que nós crescemos.»
Eduardo Pitta, blogue Da Literatura
Críticas de imprensa
« Há muitas espécies de biografias, reais e imaginárias. Biografias sentimentais, intelectuais, eróticas, espirituais, etc.. "Todo-o-Mundo" é uma espécie de biografia "clínica" do protagonista, a sua ficha médica. [...] Também poderia chamar-se "Vida e Morte de um Corpo Masculino". Porque é disso que se trata, da alegria e da tristeza de um corpo masculino. Que "gostava de andar à volta das raparigas [...] muito antes de perceber sequer a razão" disso.»
Mário Santos, Público