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Tudo o que Una quer é ser professora, mas, até ao momento, tem sido incapaz de manter um emprego em Reiquiavique. Sem poupanças, sem vida amorosa e assombrada pelo suicídio do pai, a perspetiva de passar mais um inverno fechada no seu minúsculo apartamento parece-lhe insuportável. Assim, fazer as malas e mudar-se para Skálar, uma pequena aldeia piscatória com dez pessoas situada no extremo norte da Islândia, parece-lhe ser um baixo preço a pagar pela hipótese de endireitar a sua vida e voltar a ensinar.
No entanto, à medida que a escuridão de um inverno rigoroso vai caindo sobre a aldeia, Una dá por si a passar cada vez mais tempo no pequeno sótão que alugou, a beber para esquecer a solidão, e assaltada por aparições de uma menina de vestido branco a cantar uma canção de embalar, que, noite após noite, a fazem acordar sobressaltada.
E quando uma tragédia repentina traz ao de cima algo que os habitantes de Skálar procuram esconder a todo o custo, a inquietação de Una leva-a a desenterrar uma verdade que se manteve oculta durante gerações.