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Enquanto Colombo navegava à descoberta de novos mundos e Leonardo da Vinci pintava La Gioconda, o neto de um camponês tornava-se o homem mais rico do seu tempo - e, muito provavelmente, de sempre.
Jakob Fugger nasceu e viveu na Alemanha nos séculos XV e XVI. Quando morreu, a sua fortuna ascendia a cerca de dois por cento da riqueza produzida na Europa - o que se explica pela sua conjunção verdadeiramente invulgar de talento, frieza, determinação e ousadia. Numa época em que os poderes dos monarcas e da Igreja eram avassaladores, este plebeu e neto de camponeses tornado comerciante e banqueiro desafiou-os e impôs-lhes a sua visão de homem de negócios.
Convenceu o Vaticano a permitir a cobrança de juros sobre os empréstimos, uma prática até então proibida, e exigiu a reis e rainhas que pagassem o que lhe deviam - com juros. Este alemão obstinado operou profundas alterações que ajudaram a moldar o mundo do dinheiro tal como o conhecemos hoje, mas fez mais do que isso.
Entre outras façanhas, esteve nas origens da Reforma de Martinho Lutero e terá patrocinado a viagem de circum-navegação de Fernão Magalhães. Foi também graças à sua fortuna colossal que os Habsburgo se tornaram soberanos de um mítico império onde o Sol nunca se punha.