Este livro está na lista de favoritos de 1 utilizadores.
Que papel desempenhou a música em Auschwitz? Qual o seu efeito sobre estas mulheres que deviam a sua sobrevivência à participação num projeto de propaganda nazi? Qual foi a sensação de serem forçadas a dar consolo aos perpetradores de um genocídio que ceifou a vida da sua família e amigos?
A aclamada historiadora Anne Sebba traz à luz do dia a extraordinária história da Orquestra Feminina de Auschwitz, com base numa investigação meticulosa e em relatos exclusivos.
Em 1943, os oficiais alemães das SS, responsáveis por Auschwitz-Birkenau, ordenaram a formação de uma orquestra entre as prisioneiras. Foram reunidas cerca de cinquenta mulheres e raparigas de onze países para tocar música para os outros prisioneiros - que partiam todas as manhãs para trabalhar e regressavam, ao fim do dia, exaustos e sem esperança - e, semanalmente, faziam concertos para os oficiais nazis. Por vezes, algumas destas mulheres eram convocadas para tocarem sozinhas a música preferida de um oficial.
Esta era a única orquestra inteiramente feminina em qualquer um dos campos de concentração nazis e, para quase todas as prisioneiras escolhidas para participar, fazer parte da orquestra significava salvar a sua vida.
De Alma Rosé, a principal maestrina da orquestra, sobrinha de Gustav Mahler e uma formidável violinista célebre do pré-guerra, a Anita Lasker-Wallfisch, a violoncelista adolescente e última sobrevivente, Anne Sebba baseia-se numa meticulosa pesquisa de arquivos e em relatos exclusivos, em primeira mão, para contar, pela primeira vez, a surpreendente história desta orquestra, dos seus membros e da reação de outros prisioneiros.