A Morte do Cavalinho

SOBRE
O presente livro, A Morte do Cavalinho, escrito após uma pausa, uma meditação de três anos, a partir de De Víbora na Mão, retoma a sua personagem principal, Jean Rezeau, agora aos 18 anos, no momento em que se lhe torna imperioso passar por cima do falso orgulho da revolta e dos obstáculos ainda mais
terríveis do pudor e da fidelidade ao rapaz que foi. Impossível esquecer o duelo monstruoso entre o pequeno Jean Rezeau e sua mãe, que o persegue com um ódio implacável, ou a triste conclusão desta luta. Vencedor mas destruido, o rapazinho afirma que «aquele que não acreditou na sua mãe não entrará no reino da Terra».
Saberá ele agora entrar no reino da Terra? Reconhecer a bondade e, sobretudo, aceitá-la? Três raparigas, igualmente ter nas, embora de temperamentos diversos, levam-no a abrir a pesadíssima porta que separa o ódio do amor ou a recusa da vida da sua aceitação. Tal como em De Víbora na Mão, Hervé Bazin confunde-se intimamente com o seu herói, a mocidade de Jean com a sua própria juventude. Prenhe de análise psicológica, de expressão veemente dos sentimentos de revolta, ódio, desespero, e também de amor e de solidariedade, A Morte do Cavalinho impõe Hervé Bazin, na ideia, na nitidez, na concisão das palavras, como um dos autores mais vigorosos e impressionantes da actual geração.