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O Delfim é uma obra do escritor português José Cardoso Pires, publicada pela primeira vez no ano de 1968. Foi adaptado ao cinema pelo cineasta Fernando Lopes. É geralmente considerada a obra-prima de Cardoso Pires.
Assim começa esta obra tão relevante para a literatura portuguesa:
Cá estou. Precisamente no mesmo quarto onde, faz hoje um ano, me instalei na minha primeira visita à aldeia e onde, com divertimento e curiosidade, fui anotando as minhas conversas com Tomás Manuel da Palma Bravo, o Engenheiro.
A história tem início com a chegada de um pacato escritor à aldeia da Gafeira (aldeia fictícia)Esta, à semelhança de tantas outras, é uma terra marcadamente rural onde predomina uma mentalidade tradicionalista e tipicamente provinciana. Não é por isso de admirar que o misterioso caso da morte da mulher e do criado do conceituado engenheiro Tomás Manuel da Palma Bravo dê asas a todo o tipo de comentários e especulações por parte dos populares. É neste ambiente que é recebido o escritor que nos narra a história. Este é um homem que pertence claramente a um contexto mental diferente do partilhado pelos habitantes da Gafeira e apenas o seu gosto pela caça o faz deslocar-se a esta povoação. Estas mortes peculiares fazem-no porém recordar os tempos em que era visita da casa de Tomás Manuel e despontam no seu interior uma certa curiosidade em descobrir mais sobre o trágico fim da enigmática esposa Maria das Mercês e de Domingos, o fiel servente da casa Palma Bravo.
Personagens:
Narrador
Engenheiro Tomás Manuel da Palma Bravo
Domingos
Maria das Mercês
Velho cauteleiro
Hospedeira da pensão
Opinião da Crítica:
«No belíssimo romance que é O Delfim, Cardoso Pires olhou a realidade do seu país como se fosse a trama de uma intriga policial.
Antonio Tabucchi
«Esse espantoso, acabado, inesgotável O Delfim, que é até hoje a sua obra-prima.
Mário Dionísio
«Mas O Delfim é também o título de um romance, este romance que o leitor vai ler, e onde se fala da vida, e da proximidade da morte, de Palma Bravo. Talvez seja conveniente começarmos por chamar a atenção para o facto de que também o romance, o livro de Cardoso Pires, foi envolvido nessa atmosfera mítica que parece desprender-se do seu aparente herói, e tem hoje um lugar muito nítido, e obviamente privilegiado, na literatura de ficção do nosso século XX.
Eduardo Prado Coelho
«Que extraordinário escritor! Que extraordinário escritor é José Cardoso Pires.
Do Prefácio de Gonçalo M. Tavares
Opinião de Leitores:
Uma História, uma Nação
Jacinto Silva
Retrato do Portugal que não só foi refém do Salazarismo, mas que também o criou. Simplesmente genial. Trocava toda a obra de Saramago, por um só livro de Cardoso Pires.
Clássico
Luís Miguel
Pouco a acrescentar. Um dos melhores romances lusos contemporâneos. Olho clínico perante um Portugal esclerosado. Uma pedrada no charco.
Simplesmente Fantástico
João Soares
A maior obra escrita em todo o século XX português. Leitura Obrigatória numa edição fabulosa.
Hoje Vejo com outros olhos
Mariana Gonçalves
Este livro tornou o país em que nasci mais meu, em cada página se desvendava um conjunto de acontecimentos que me permitiu perceber também as pessoas que me rodeiam , vejo com outros olhos aquilo e aqueles que rodeiam.
Ano Edição: 1972
Titulo: O Delfim
Autor: José Cardoso Pires
Editora: Moraes Editores
Páginas: 362