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Nome: Laura Charlier. Idade: aquela que chama «juventude», quando ainda não se atingiu. Profissão: Escritora - em crise de inspiração. Situação familiar: desconfortável, junto de um marido ingenuamente volúvel. Estado de espírito: no limiar da depressão.
Tal é o «perfil» da narradora no início do romance, quando, frágil funâmbula no arame acerado da vida, se sente vacilar. Passagem ao vazio ou crise mais profunda?
Laura não é daquelas que perdem o equilíbrio e caem à mínima aragem contrária. a página em branco provoca-lhe vertigens. Não importa: fará escrever os outros. Ei-la promovida a diretora de coleção na firma do seu editor. Um editor que, por outro lado, a perturba com a sua maneira de ser, simultaneamente terna e distante. Constituirá a alternativa tranquilizadora do amor desenvolto de um marido que confunde liberdade e infidelidade, alor e cumplicidade' Infelizmente, quando, oscila, tudo lhe desliza entre os dedos e a felicidade foge cada vez para mais longe. O trabalho e o amor tem o gosto amargo do desaire.
Laura cerra os dentes. Prossegue a luta contar si própria e os outros, com um espírito sarcástico que faz cair máscaras e falsas aparências, uma expressão cáustica e um humorismo desconcertante. Mas por detrás dessa fachada, Laura permanece alerta e há coisas que magoam muito: a morte de uma mãe, os problemas do divórcio, a preocupação pelos filhos. Estará condenada a comtemplar o sol atrás da vidraça?
Anne Loesch confere este retrato de mulher, tão próximo como uma irmã no infortúnio, caraterísticas inesquecíveis.
Titulo: O Sol Atrás da Vidraça
Autor: Anne Loesch
Tradução. Eduardo Saló
Edição: Círculo de Leitores
Páginas: 220