Os Mais Belos Palácios de Portugal (I Volume e II Volume - Completo)

Viver em palácio não será tão invejável como pode parecer, julga-se pois experimentar é coisa rara. Por muito admirável que seja um grande espaço, por muito que encante o esplendor de uma ornamentação, se as dimensões e o deslumbramento são demasiados, se foi esquecida a escala humana, dificilmente alguém poderá sentir-se a gosto em tal residência.

Na verdade o  palácio deve corresponder à importância, ao poder do seu proprietário, temporário ou não,  à dignidade do cargo ou da instituição que representa, revelar-se de imediato como seu sinal visível.

De aá que tenha de ser majestoso e sumptuoso e de respeitável grandeza não só por essa  necessária identificação com a categoria do proprietário, mas também pelo número de pessoas que tem (ou tinha) de albergar, a multiplicidade de serviços a prestar, a quantidade de audiências a conceder, a grandeza das receções a oferecer.

Certamente além dessas justificações que vêm de à milénios, os motivos que levaram à edificação de muitos palácios terão sido a vaidade, a soberba, o empolamento da própria importância e coisas assim, às quais a história dos povos não guarda, mas a da arte sim, pode guardar

A fotografia que surge no anterrosto apresenta o brasão dos Távoras, no Palácio da Carreira, em Viana do castelo, picado após a condenação da maioria dos membros da família no seguimento do atentado contra D. José I. No rosto um aspeto do «jardim da cascata», no Palácio de Belém

O Editor agradece a colaboração e as facilidades concedidas no decorrer da preparação desta obra, a todos os seus diretos ou indiretos intervenientes, nomeadamente o Instituto Português do Património Cultural, Direção geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, Palácio Nacional da Ajuda, Fundação das Casas de Fronteira e Alorna e Palácio do Correio-Mor