Psicologia Para Enfermeiras

O contacto com a doença e com o doente tornou essencial o papel da psicologia. Isto explica o seu lugar na formação da enfermeira bem como em toda a vida hospitalar.
Mas em que consiste esta psicologia? Antes de mais, convém encarar como seres humanos tanto o doente como quem o trata. Em qualquer caso, o primeiro esforço de formação psicológica deve tender para uma melhor compreensão da evolução, do equilíbrio edas perturbações da personalidade.
Curto ou prolongado, o tempo de doença constituí, na existência, uma época incomparável às outras; o doente vive num mundo pessoal caracterizado pelo que ele é em si e pelo que lhe sucede; simultâneamente, a sua vida social enriquece-se ou, pelo menos, sofre mutações, O doente experimenta um conjunto de relações terapêuticas. Assim, juntamente com a psicologia do doente, é o domínio mais vasto das relações humanas que apresenta grande interesse para a enfermeira.
Na verdade, doentes, médicos e enfermeiras fazem parte de um grupo social muito particular: o serviço hospitalar. Daí o papel de uma compreensão justa na sua organização, dos fenómenos de grupo que aí se manifestam e do trabalho de equipa.