As Rosas de Setembro

As Rosas de Setembro é um romance de André Maurois publicado em 1956 em Flammarion, evocando os infortúnios conjugais de um autor idoso, Guillaume Fontane, seduzido novamente por uma mulher muito mais jovem do que ele durante uma viagem a América Latina.

Hervé Marcenat, natural de Limousin, conheceu Guillaume Fontane em Paris, através de sua prima Edmée Larivière, escritora que o jovem admirava desde a adolescência. Este último, casado há mais de vinte e cinco anos com sua esposa Pauline, é aos sessenta anos um autor tão fraco em caráter quanto prolífico, graças à disciplina imposta por sua esposa. Hervé rapidamente retornou à privacidade da casa e foi incumbido pela Sra. Fontane da tarefa de escrever uma pequena obra encomendada sobre o trabalho de seu marido: para que um retrato de Guillaume Fontane fosse pintado para a capa desta obra, Hervé chama Wanda Nedjanine, uma jovem artista russa exilada em Paris, que rapidamente busca situar o escritor sob seu controle e se torna seu amante.

Depois de perceber a situação, Pauline se deixa adoecer de propósito e consegue convencer o marido a não se juntar à intrigante fora de Paris: a situação do relacionamento deles, no entanto, não melhora. Sobrecarregado, Guillaume acaba aceitando uma proposta de Ovide Petresco, um agente literário americano: ir ao Peru, em Colômbia então para Estados Unidos uma série de palestras sobre seu trabalho. Se Fontane inicialmente se arrepende de ter se deixado convencer, achando o exercício particularmente assustador após reflexão, ele cai em Lima rapidamente sob o feitiço da atriz Dolorès Garcia, trinta anos mais nova, que se torna sua amante e o segue quando ele parte Bogotá. O relacionamento deles continuou quando Guilherme retornou à França na forma de cartas, que Pauline não deixou de descobrir.

Ela consegue fazer com que o marido confesse as circunstâncias do caso e obtém dele o endereço de Dolores, desejando escrever para ele. Com o tempo, as trocas se tornam mais difíceis entre os dois amantes: um ano após o primeiro relacionamento, Fontane se resigna a romper todo contato e se reconecta da melhor maneira possível com sua esposa. Pauline, que quer testá-lo, consegue então ajudar Dolorès a se apresentar em Paris: quando Guillaume descobre, decide partir naquele mês para dar uma série de conferências na Suíça, a fim de resistir à tentação induzida pela presença de sua ex-amante. Dolorès é recebida por Pauline e alcança certo sucesso na boa sociedade parisiense; sua peça é um fracasso: ela, portanto, retorna à América do Sul, não sem ter desenvolvido uma amizade franca com o esposo de sua ex-amante. O romance termina com a nova paz da família Fontane, que decide pela primeira vez falar informalmente.