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Esta obra, agora presente de forma directa, frontal, o problema da solidão.
O drama de Isabelle Devrain, a figura central do livro, assenta em três pontos: tem 28 anos, é virgem e é feia. O seu diário, o caderno preto que era «para queimar sem ler depois da tentativa (falhada) de suicídio da sua autora, dá-nos a evolução da personalidade de Isabelle, desnuda uma alma sensível que sofre por acreditar que a fealdade lhe nega o lugar ao sol a que, como ser humano, a jovem entende ter direito.
Uma Abelha Conta O Vidro, a história de uma rapariga feia, (tema delicado que um escritor da envergadura de Cesbron consegue manter sempre dentro das fronteiras da dignidade literária) é um patético grito de alarme sobre os dramas anónimos de seres humanos que, escarninhamente, a sociedade moderna tornou Robinsons em ilhas superpovoadas e é afinal mais uma tomada de posição do autor perante os grandes problemas gerados pela maneira de viver actual - falha de espiritualidade.
Titulo: Uma Abelha Contra O Vidro
Autor: Gilbert Cesbron
Tradução: Maria Amélia Brandão
Editora: Livraria Tavares Martins
Páginas: 331