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Trad. - Luiza Neto Jorge
Dimensões: 14,5 x 21 cm
Páginas: 156
Embora as autorias não venham assinaladas no livro, acompanham-no inúmeras fotografias de Dora Maar, Vizzavona, Gyula Halász (Brassaï), Henri Cartier-Bresson, Man Ray, Rosa Klein (Rogi André).
Um clássico do "mestre" do surrealismo, André Breton. Em "O Amor Louco" o erotismo sobreleva-se ao ético, mantendo bem alto a ideia do amor, como um acto simbólico, cujo alcance está para lá do individual, ao encontro de uma sociedade melhor. O encontro com Jacqueline Lamba, que se tornaria sua mulher, desencadeia uma paixão súbita e uma torrente de associações de imagens e memórias. (Bertrand Livreiros)
O Amor Louco , obra luminosa sobre o amor, foi escrito por André Breton entre 1934 e 1936, no apogeu do Surrealismo. Como em Nadja, escrito em 1928, relata de forma sublime as experiências e coincidências vividas por Breton, que acabarão por o encaminhar para aquela que viria a ser a sua mulher, Jacqueline Lamba, e que é o centro e a musa inspiradora do romance.
A construção do livro é feita de situações vividas pelo autor, de sonhos fantasmagóricos, de rupturas narrativas intercaladas por fotografias e poemas, um deste premonitório, divagações reflexões. Breton descreve o amor através da sua própria vivência, vendo neste dois aspectos: o amor como «comunicação do coração» e o amor carnal, ao qual chama «convulsivo». Esta separação entre o corpo e o espírito quer Breton transformá-la em união total, em paixão, nesse famoso «amor louco» que é para Breton o amor mais sábio, mais sublime, que a alma do homem poderá alcançar. Termina esta obra com o texto seguinte, dedicado a sua filha e de Jacqueline:
«Afastar-me para longe de vós! Revestia-se para mim da maior importância ouvir-vos, por exemplo, responder, um dia, com toda a inocência, a essas perguntas insidiosas que as pessoas crescidas fazem às crianças: "Com que é que se pensa, com que é que se sofre? Como é que se soube o nome do sol? De onde é que a noite vem?" Como se elas próprias o soubessem! Já que, para mim, sois a criatura humana em toda a autenticidade, deveríeis, contra tudo o que é previsível, ser vós mesmos a ensinar-mo...
Gostaria de saber-vos loucamente amada.»
(Bertrand Livreiros)
Porte editorial incluído.