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SINOPSE
"As cartas deste livro foram escritas por um homem de 28 anos na privacidade da sua relação com a mulher, isolado de tudo e de todos durante dois anos de guerra colonial em Angola, sem pensar que algum dia viriam a ser lidas por mais alguém. Não vamos aqui descrever o que são essas cartas: cada pessoa irá lê-las de forma diferente, seguramente distinta da nossa. Mas qualquer que seja a abordagem, literária, biográfica, documento de guerra ou história de amor, sabemos que é extraordinária em todos esses aspectos (...) Este é o livro do amor dos nossos pais, de onde nascemos e do qual nos orgulhamos. Nascemos de duas pessoas invulgares em tudo, que em parte vos damos a conhecer nestas cartas. O resto é nosso."
Maria José Lobo Antunes
Joana Lobo Antunes
Do Prefácio
CRÍTICAS DE IMPRENSA
"Os admiradores de António Lobo Antunes descobrem agora mais uma faceta do autor de Exortação aos Crocodilos. Das cartas que o então oficial médico enviou de Angola, entre 1971 e 1973, à mulher, Maria José (reunidas em D'Este Viver aqui Neste Papel Descripto), sai um homem apaixonado."
Albano Matos, DN
"Apesar do género epistolar, D’ Este viver aqui neste papel descripto lê-se como se de um romance se tratasse. Um romance que tem como personagem principal um homem, um oficial, um marido, um escritor, um leitor, um médico, um filho, um irmão e um pai. Que, por acaso, se chama António Lobo Antunes."
Sara Belo Luís, Visão
"Lê-se como um testemunho privilegiado de um escritor que fala da guerra colonial em que participou [...]. Discreto nas implicações políticas (as cartas não escapavam à vigilância policial), mas terrível nas imagens que nos dá. Depois, há uma história de amor, frágil como todas, mas muito bela e tocante. E a tomada de consciência política [...] cruza-se no limite com a história de uma paixão [...]
A não perder."
Eduardo Prado Coelho, Público
"Lobo Antunes expõe-se nestas missivas que ele nunca pensou que, algum dia, pudessem vir a ser lidas por mais do que uma pessoa. É o escritor que vacila perante o seu próprio talento (uma vezes) e o escritor que ousa achar-se genial (outras vezes). É o marido que está seguro de que é amado (umas vezes) e o marido que, à distância, tem dúvidas sobre a correspondência do seu amor (outras vezes). É por esta razão que D’ Este viver aqui neste papel descripto contém, mais do que tudo, um homem lá dentro."
Sara Belo Luís, JL
EXCERTOS
"As cartas deste livro foram escritas por um homem de 28 anos na privacidade da sua relação com a mulher, isolado de tudo e todos durante dois anos de guerra colonial em Angola, sem pensar que algum dia viriam a ser lidas por mais alguém. Não vamos aqui descrever o que são essas cartas: cada pessoa irá lê-las de forma diferente, seguramente distinta da nossa. Mas qualquer que seja a abordagem, literária, biográfica, documento de guerra ou história de amor, sabemos que é extraordinária em todos esses aspectos."
Do Prefácio de Maria José Lobo Antunes e Joana Lobo Antunes