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«Era no Teatro da Trindade, representava-se o Barba Azul.»
Este é o cenário em que se inicia a acção de "A Tragédia da Rua das Flores", romance de Eça de Queiroz que ele mesmo qualificou como «livro cruel» e que permaneceu inédito durante mais de um século. Escrita entre 1877 e 1878 e apenas publicada em 1980, esta é a história da paixão fatal de Vítor e Genoveva, que Eça acabaria por deixar por corrigir e editar, mas que serviu de ponto de partida para que em 1888 os leitores recebessem aquela que é a sua obra-prima, "Os Maias".
A presente edição de "A Tragédia da Rua das Flores" recupera e corrige o texto da primeira edição, com fixação e notas de João Medina e A. Campos Matos.