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Maria Archer foi uma prolífica escritora do século XX mas hoje está imersa em esquecimento.
Desde muito jovem viajou pelas ex-colónias portuguesas, experiência que se irá refletir na sua obra futura. Depois de se divorciar sobrevive através da escrita de livros e da colaboração com jornais e revistas. Nos seus livros defende a posição da mulher na sociedade de uma forma pouco consensual que causa escândalo e suscita a intervenção da censura. No entanto as suas obras têm recetividade do público o que obriga a reedição de muitas delas. Torna-se uma figura incómoda para o regime salazarista o que a leva a exilar-se no Brasil onde assume a oposição ao regime de uma forma empenhada. A vertente política passa a transparecer explicitamente nas suas obras. Continua a escrever mas recorre a outras formas de subsistência porque os meios são escassos. Regressa a Portugal em 1979 e é internada num asilo onde acaba por morrer sem reconhecer grande parte da família.
Trazer a sua vida e obra ao conhecimento do público foi o objetivo deste livro.