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Zainab Salbi tinha apenas onze anos quando o pai foi escolhido como piloto pessoal de Saddam Hussein e a sua vida ficou marcada para sempre por esse facto.
A mãe, a bela Alia, ensinou-lhe os dons necessários para sobreviver: um sorriso de plástico, dizer a tudo que sim, enterrar em compartimentos no cérebro os horrores que via à sua volta. «Aprende a apagar as recordações», ensinava-lhe. «Saddam sabe ler-nos nos olhos.»
Nestas memórias muito ricas do ponto de vista visual, uma líder na luta pelas mulheres vítimas de guerra, revela os seus laços com um ditador, depois de os ter mantido em segredo durante anos. Descreve a tirania como a viu através dos olhos de uma criança privilegiada, de uma adolescente rebelde, de uma mulher violada e, por fim, de uma figura pública que se esforça por vencer o dom que a manteve viva: o silêncio.
Zainab tinha apenas vinte anos quando a mãe a convenceu a aceitar um casamento arranjado na América. Viu-se de repente casada com um desconhecido que a maltratava e fugiu-lhe.
Afastada do seu país e da família pela Guerra do Golfo, sem saber que a mãe a mandara embora para a salvar de um interesse cada vez maior de Saddam por si, recomeçou a vida. Só quando Alia estava a morrer é que Zainab se apercebeu de que tinha visitado zonas de guerra em todo o mundo interrogando mulheres em busca das respostas que só a mãe podia dar-lhe.
Dividida é uma procura emocionante da verdade que aprofunda a nossa compreensão de temas universais como o poder, o terror, a submissão sexual e a pergunta que uma geração faz à anterior: Como deixaram que isto nos acontecesse? A criança que havia em Salbi precisava de saber por que razão o pai não a levara dali a voar…
CAPA RIGIDA.