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Porque sonha Borges - em Harvard e a um ano da sua morte - noite após noite, com a Praga fétida e sinistra de Rodolfo II, a cidade das criaturas de Arcimboldo, essa mesma para onde se dirigem John Dee e Edward Kelley em busca de fortuna e carregando um estranho manuscrito, que afirmam ter sido escrito pelos anjos? Um sonho apenas, ou o seu último labirinto, que o vem reclamar para as sombras?
Uma fabulosa recriação dessa Praga mítica de finais do século XVI, capital da magia negra, onde nos embrenhamos profundamente nas 174 páginas de O sonho de Borges de Blanca Riestra. Partindo de uma hipótese lendária (teria Borges deixado um romance escrito, ou notas para um?), e de um não menos lendário texto (o manuscripto Voynich, supostamente atribuído a Roger Bacon e que o alquimista John Dee teria vendido a Rudolfo II), Riestra parte para uma evocação dos labirintos que envolveram todos estes homens e da cidade que acabaria por simbolizar o próprio conceito de labirinto literário, Praga, por onde as personagens condenadas de Kafka erraram. Da luz às trevas, em permanente ciclo, numa viagem alucinante.