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Antes era tudo tão fácil, até o amor era inocente. Tu sabes. Quando somos crianças é sempre tudo mais colorido, com aquela troca de olhares envergonhados e sem maldade. Depois crescemos e fica tudo uma confusão. Há alguma linha? Alguma fronteira? Consegues explicar-me quando é ficou tudo tão intenso? E se é intenso porquê este medo de que não sobre nada? Porque é que usamos máscaras para tentar que as coisas não mudem como se o verdadeiro conflito não fosse no nosso interior? Quem sabe ainda haja esperança. Talvez faça falta um novo olhar sobre o amor.
Aqui não há uma personagem principal, até podes ser tu, basta que te identifiques com o que está escrito. Talvez sejas tu que tens medo, que procures um palco, talvez seja em ti que haja vazio, que te tenhas esquecido de comprar um presente, quem sabe não tenhas sido tu a matar o mundo e que já não tens mais tempo. Será que é o teu corpo que está inquieto sentindo ser o peão de um jogo?
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