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Este romance extraordinário, escrito por uma jovem israelita, foi best-seller em Israel, aquando da sua primeira edição. A originalidade de Rabinyan assenta num estilo onde se combina, sob o carisma do Próximo Oriente, o realismo mágico tingido de ironia e feminismo e uma sensualidade complexa e original que recorda A Cor Púrpura de Alice Walker.
Escrito numa mescla rara de humor e compaixão, a novela expõe a vida de duas jovens judaicas de uma aldeia persa na viragem do século XX. A trama abarca dois dias da vida de duas raparigas: Nazie, de 11 anos, e Flora, de 15. Nazie, há muito prometida ao primo Moussa, aguarda ansiosamente o dia do seu casamento. Por lei só poderá casar após a primeira menstruação. Flora, pelo contrário, já está casada, grávida e aparentemente abandonada.
O poder descritivo de Rabinyan é espantoso. Ela cria um elenco de personagens cheios de vitalidade e uma aldeia cujos odores, cores e texturas emanam irresistivelmente das páginas do livro. No seu conjunto, a obra revela-se um dos romances mais actuais dos últimos anos – uma novela envolvente, tragico-cómica e espantosa, vibrante a par e passo.