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A iniciativa da Capela de Nossa Senhora de Fátima na Igreja de Santo Eugénio em Roma surgiu em 1942, no âmbito de um projecto traçado pelo Vaticano, cujo objectivo residiu na criação de um templo comemorativo do jubileu episcopal do Papa Pio XII (1876-1958), que tinha sido ordenado a 13 de Maio de 1917, no mesmo dia da primeira aparição de Nossa Senhora na Cova da Iria. A igreja foi erguida na Vialle delle Belle Arti e deveria ser construída, apenas, com donativos de católicos de todo o mundo. Os trabalhos foram suspensos entre o Verão de 1943 e 1947, devido aos bombardeamentos da cidade de Roma. Portugal foi a única nação que garantiu, desde 1942, que a sua capela seria exclusivamente “feita com os mármores e pelos artistas portugueses”. Já depois da Guerra, Oliveira Salazar (1889-1970), que era então o Presidente do Conselho de Ministros, indicou ao Ministro das Obras Públicas e Comunições, José Frederico Ulrich (1905-1982), que procedesse à nomeação dos técnicos e artistas necessários e assumisse a responsabilidade da concretização do projecto. Foram chamados Luís Benavente (1902-1993), Jaime Martins Barata (1899-1970), Leopoldo de Almeida (1898-1975) e Jorge Barradas (1894-1971), que colaboraram na criação da capela, materializada no transepto da Igreja. O espaço projectado por Benavente apresenta-se como uma reunião do povo português em torno da Virgem.