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2ª Edição - Maio de 1978
A 1ª edição deste livro é de 1969.
«[…] O que procuro evitar a todo o custo é repetir um livro, se possível um simples poema ou processos por mim já levados porventura até à exaustão. Cada livro meu, quer-me a mim parecer, é um livro diferente do anterior. Em Homem de Palavra[s], parece-me ter escrito poemas, introduzido processos, buscado formas que nunca escrevera, introduzira ou buscara até então. […]»
«[…] A influência do cinema é notória neste livro, mais que em qualquer outro meu. […]»
Ruy Belo
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O clima do livro já não é o da fé, aliás perdida, que percorria de lés a lés as páginas de Aquele grande rio Eufrates; constituem o resultado de leituras profissionais e obrigatórias de livros sagrados tomados, no entanto, como livros profanos. É o ambiente dos gregos. Eu próprio viria a escrever em Do sono da desperta Grécia, poema incluído no livro Transporte no tempo: «Pela primeira vez o homem interroga-se sem livro algum sagrado sob a sua inteligência». O maná do deserto não fala aliás fun- damentalmente da Bíblia. Se as <Alfred Hitchcock e a referência ao aviário do Freixial é a do aviário dessa povoação, que conheci um dia que ao Freixial me desloquei, para lá almoçar a convite do Alexandre O'Neill, que lá se isolava quando queria escrever, como aliás o fazia, sei-o hoje, Alves Redol, que lá escreveu, pelo menos, Constantino guardador de vacas e de sonhos, como ele próprio conta na breve introdução a este livro.
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De como um poeta acha não se haver desencontrado com a publicação deste livro - explicação preliminar à sua segunda edição, por Ruy Belo