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António Lobo Antunes - Prémio Camões 2007
Numa narrativa não-linear e fragmentada, Lobo Antunes revela as inquietações existenciais de um ser humano, na indelével experiência de uma guerra, que se misturam às memórias de infância e juventude na Lisboa salazarista.
O autor utiliza, na maior parte do romance, o fluxo de consciência e da associação de ideias, para construir a história e o perfil de seu narrador-protagonista, um personagem que, a partir de "uma dolorosa aprendizagem da agonia", vê sua vida e seus valores estilhaçados pela melancolia.
O leitor vai estar frente a frente com "decadência, putrefação, pestilência e morte. Adicionando canalhice, violência e insensatez". Para o jornalista português Nuno Barbosa, "Lobo Antunes, dando plena expressão a uma escrita impiedosa e grosseira consegue uma harmonia preciosa entre a violência do narrado e a rudez dos termos utilizados - as suas palavras ganham, portanto, uma credibilidade muito maior, criando um elo profundo com a realidade."
O livro, que recebeu o prémio Franco-Português conferido pela Embaixada da França em Lisboa e já foi vendido para mais de dez países como Inglaterra, França, Itália, Alemanha e Suécia.