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Não se trata de uma vaga ameaça; a fome atinge já a India, ronda a Africa e a América Latina. A fome traduz-se por números: desde 1958, nos paises do Terceiro Mundo, a produção alimentar aumenta num ritmo menos acelerado do que o crescimento da população. Entrevê-se um desastre planetário nos horizontes de 1980. Que fazer?
René Dumont, autor de A Africa Começa Mal, e Bernard Rosier, assistente do Institudo Nacional de Agronomia, estabelecem um quadro completo e implacável das possibilidades mundiais: um Ocidente pletórico, mas tentado a encerrar-se em si mesmo; um campo socialista a debater-se com dificuldades agrícolas e actualmente importador de cereais; um Terceiro Mundo colocado em situação difícil, embora com excepções em certos países.
Impõe-se simultâneamente dois objectivos: triplicar a produção alimentar até ao ano 2000; controlar a expansão demográfica. Os meios encontram-se ao nosso alcance: estimular a investigação e a produção de novos alimentos; repartir os excedentes, distribuir adubos, criar um imposto mundial de solidariedade e, nesse sentido, instituir uma autoridade mundial que oriente a luta contra a fome e tenha também a possibilidade de exercer a sua acção directa sobre o indice crescente da natalidade. Sim, o mundo caminha para a fome se não se escutar o apelo alarmante reflectido nas páginas deste livro de flagrante actualidade, cujos autores são unânimes na solução apontada para evitar um verdadeiro flagelo da humanidade: a profunda e imediata solidariedade mundial.