The big easy

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The big easy
Autor(a)
Clara Pinto Correia
Editora
Dom Quixote
Género Literário
Autores Portugueses
Não ficção
Sinopse

MENDES, Victor J. "Crónicas portuguesas [crítica a 'The Big Easy', de Clara Pinto Correia]" / Victor J. Mendes. In: Revista Colóquio/Letras. Livros sobre a Mesa, n.º 143/144, Jan. 1997, p. 261:
CRÓNICAS PORTUGUESAS
Em The Big Easy reuniu Clara Pinto Correia crónicas publicadas na Imprensa, entre 1989 e 1991, e dedicadas à América antes de Clinton. O livro organiza-se em doze secções, sendo a primeira «Principio» e a décima segunda «Fim»; as restantes são «casos pessoais» (e são-no seguramente todos nestas crónicas, lida a posição preponderante do «eu» da narradora, dos seus tiques, das suas justezas, o que sugere uma vertente de leitura autobiográfica), «carnais», «indigestos», «de policia», «etéreos», e outros mais. O vestíbulo é um texto de Paulo Medeiros. «Um Jogo de Espelhos /A Play of Mirrors», sucessiva e injustificadamente dezassete mais dezasseis páginas em português («reinforçarn»?) e em inglês; tal prefácio surge como caução intelectual: Eco é citado a propósito de não haver regra nestes projectos. «só o risco de contradição». Eis a oferta da possibilidade de entrar ou de arrepiar caminho. «Ninguém é um bom juiz de si próprio. é bem verdade» (p. 382), escreve a Autora no «Fim». Qual é então a chave de gosto tão fundamental e, por isso, tão inexplicável, pela América? A resposta é surpreendente: «uma boa metáfora» (p. 382) figura da capa do livro (uma auto-estrada) que também liga Clara Pinto Correia a Kasha, a emigrante polaca; a amada auto-estrada é metáfora da viagem. Estamos perante o símbolo dos Estados Unidos — este esforço de unificar, de tomar posição perante um país, não é seguramente o mais valioso do livro; basta substituir a palavra «América» por «Beira Baixa», «Portugal» ou «Alemanha», para chegar ao provincianismo subjacente. A América de 90 substitui a França de alguma geração de 60. Em suma, o melhor do livro reside na análise fragmentária da vida quotidiana em alguns lugares da América por uma cronista estrangeira, portuguesa nas pequenas coisas, no percurso do mito («América») do exterior para o interior: falar estrangeiro, «pensar em estrangeiro», sonhar «em estrangeiro». Em The Big Easy, cada crónica pode definir-se através de uma palavra: dinheiro, nudez, etc. Alguns textos são excelentes, outros muito menos do que isso. No fim, Clara Pinto Correia ter-se-á enganado: mais do que «uma boa metáfora», no seu livro interessam as más metáforas, mas que já nem o são; o mais curioso são os contágios, as metonímias de uma justíssima jovem portuguesa na grande América
V. M.
[Clara Pinto Correia. The Big Easy, Lisboa. Publicações Dom Quixote, 1992.]

Idioma
Português
Preço
4.00€
Estado do livro
2.ª ed., 1993; em bom estado.
Portes Incluídos
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HelenaFigueira

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