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Luz está cansada da sua vida e sente-se sozinha na sua própria casa. Chico, o marido, passa o tempo fechado no escritório a jogar videojogos e Diogo, o filho de ambos, tem sido alvo de queixas por parte da professora pelo seu comportamento na escola.
Entre as tarefas domésticas, o emprego e a maternidade, Luz já se esqueceu de quem é e do que queria para a sua vida. Afinal, do que se pode queixar? Tem um marido que não sai com os amigos e que não bebe. Não é o que toda a gente diz, que Chico é o marido perfeito? E assim se convence que está a ser ingrata com a própria sorte, até ao dia em que descobre que está grávida.
Luz receia pela criança que traz no ventre. Por Diogo, que demonstra uma faceta demoníaca quando se menciona a possibilidade de ter um irmão, e por Chico que, apesar de presente, está ausente no seu mundo digital. Consumida pelo medo do que poderá aguardar a criança ainda por nascer, a mente de Luz começa a pregar-lhe partidas, levando-a a indagar-se sobre a sua sanidade mental.