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«Se fosse homem apaixonava-me por mulheres assim. Mulheres que já não sentem tesão pelos maridos, mas abnegadas. Mulheres que dão. Simplicidade do português do Brasil: dar. Mulheres que nunca usaram calcinha fio dental aos vinte anos e demoraram eternidades para se deitar com um homem que gostaria muito de casar com elas e ter filhos e um apartamento cheio de paredes brancas. Mulheres muito casadas. Mulheres muito lindas e sem tempo para namorar. Mulheres um bocadinho psicanalisadas. Mas só um bocadinho, porque ninguém aguenta ter tanta razão. Mulheres apaixonadas pela terapeuta. Mulheres que sabem transar. Mulheres que não querem ser as melhores designers, as melhores médicas. Mulheres que, quando muito, sonhavam em ser fotografadas pela Annie Leibovitz. Mulheres que nunca viram um pau circuncisado. Mulheres que dizem: amo-te, amo-te, amo-te quando se estão quase a vir e ouvem como resposta: Dizer que me amas enquanto fodemos, não vale.»
CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Marta, a personagem que é todo este livro porque este livro é tudo o que lhe vai pela alma, vive no Brasil mas é portuguesa. Está casada mas sofre de insatisfação. Teve um caso intenso que se desfez e que permanece agarrado à sua sombra. Precisa de experimentar e de se sentir viva. Exultamos porque Mónica Marques decidiu oferecer-nos esta personagem. Porque decidiu escrever este primeiro livro que existe simplesmente para saber bem. E sabe mesmo bem. Só é pena acabar tão depressa.»
Time Out
«Há muito tempo que na língua portuguesa não se via um divertimento assim.»
Visão
«Mónica Marques escreve como poucos. Primeiríssima água.»
Eduardo Pitta, Público
«Seguimos com ela até um grau invulgar de intimidade.»
Catarina Homem Marques, Sol
NOTA DO AUTOR
“Não posso sentir-me uma Bovary. Ela foi em tudo muito mais estilosa do que eu. Escrevi o livro porque precisei de escrever e a história que queria escrever nem era esta...Mas não pude deixar de dar ouvidos à louca da casa, ser esquisita e falhar o objectivo.” A autora em entrevista a Anabela Mota Ribeiro, Máxima