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Numa frase muito própria, o Papa Francisco convida a que aprendamos «a descalçar sempre as sandálias diante da terra sagrada do outro» (Evangelii gaudium, n.º 169).
Perante a avalancha de pornografia que invade a nossa cultura, estas palavras interpelam a sociedade e cada um dos seus membros perante tanta gente espezinhada como se fosse uma mercadoria, subjugada e manipulada ao sabor de interesses reles, ignorada na sua dignidade e história pessoal.
Mas também desafiam a pensar em tantos outros que, talvez sem sequer refletirem que ao recorrerem à pornografia estão a colaborar na perpetuação daqueles ultrajes, acabam por pôr em risco o seu amor conjugal e familiar, o seu trabalho, e a sua liberdade mais profunda adquirindo vícios dos quais não sabem sequer como libertar-se.
Para uns e outros, e para uma sociedade que se habituou a encolher os ombros ou a considerar a pornografia como um não-problema, este documento da Conferência Episcopal Norte-Americana é de grande ajuda: oferece um panorama das múltiplas feridas causadas pela pornografia e, ao mesmo tempo, abre uma luminosa janela à esperança de se conseguir tratar essas dolorosas feridas pessoais, espirituais e sociais.
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