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«Quanto mais as coisas divinas são em si claras e manifestas, mais elas são naturalmente obscuras e ocultas à alma. É assim como a luz natural: quanto mais ela é clara, mais ofusca e obscurece a pupila do mocho; quanto mais se quer fixar o Sol de frente, mais se ofusca a capacidade visual e se a priva de luz; essa luz ultrapassa a fragilidade dos olhos.
O mesmo acontece quando essa divina luz da contemplação jorra sobre a alma que ainda não está completamente iluminada; produz nela trevas espirituais, dado que não só a ultrapassa, mas porque a priva da sua inteligência natural e a obscurece. É por isso que S. Dinis e outros teólogos místicos chamam a essa contemplação infusa um raio de trevas.»
S. João da Cruz