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Se, a 25 de Abril de 1974, começou em Portugal uma revolução socialista, terá, a 25 de Novembro de 1975, começado a contrarrevolução que a derrotou?
Que ideologia, que classes comemoram, no dia 25 de Novembro, a contrarrevolução?
Como relacionar a ascensão do neofascismo em Portugal na forma do partido Chega e de bandos a ele ligados, com as comemorações oficiais desta data no Parlamento?
Que papel tem a memória?
E que é da verdade? Que é dela, nestes tempos de barbárie social?
Os canais oficiais dizem que, se 25 de Abril foi a libertação da ditadura, só a 25 de Novembro o «regime democrático» ficou consagrado.
Será verdade? E entre as duas datas, que se passou ao certo no tal PREC, sobre o qual desce um véu de silêncio?
Mas também isto — isto sobretudo: no meio do nevoeiro que os novos comemoradores aspergem sobre a história da revolução operária e socialista portuguesa e da contrarrevolução, que papel, em tão decisivos eventos, desempenharam as direcções do PCP e do PS, os dois partidos maioritários?
Esta obra não segue a narrativa oficial das comemorações do 25 de Novembro.
Narra, sim, a revolução e a contrarrevolução do ponto de vista dos trabalhadores que fizeram a primeira — e sofreram a segunda.