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A protagonista desta história, uma mulher latino-americana que ensina norueguês a imigrantes, está prestes a atingir o seu limite. A solidão deixou-a a poucos passos do completo abandono de si mesma.
Querendo evitar o pior, o seu melhor amigo decide levá-la consigo à sua terra natal na Roménia numa viagem que lhe é impossível adiar.
Aí, entre blocos de cimento e letreiros de néon, o ténue vínculo de migrantes que os unia na gelada Noruega começa a desvanecer-se. Amparada pelo álcool e analgésicos, cercada por uma língua que não conhece e por um país que não entende, a jovem professora de idiomas irá confrontar-se diretamente com a morte e procurará uma forma de se ligar a este mundo. No meio de tanta escuridão, ela encontra um latido frágil.
O primeiro romance de Claudia Ulloa Donoso é uma ousada exploração da morte como ideia e intuição, mas também uma contemplação incrédula do seu contrário: a vida e a sua obstinada insistência.
Este livro, entre o prazer e a febre, leva a linguagem aos seus limites para nos lembrar que só através dela somos capazes de enfrentar aquele limiar definitivo que é o fim da existência.
Críticas da Imprensa
“Eu matei um cão na Roménia contorna aquele território em que linguagem e pensamento estão ligados por meio de uma estrutura inovadora, personagens e vozes erguidas com habilidade literária incomum.”
Marta Sanz, El País
“Nesta estreia deslumbrante, a peruana Claudia Ulloa Donoso leva o leitor a uma viagem literária plástica e vital onde nada é o que parece. Mesmo o mais terreno dos processos corporais é contado com o detalhe mínimo de uma câmara lenta onde se pode apreciar cada gota e cada piscar ampliado como se estivesse observando a vida através de um grande microscópio.”
Adriana Bertorelli, El Mundo
«A escritora peruana surpreende e deslumbra com seu primeiro romance. Uma estranha e luminosa história sobre uma viagem, a imprevisibilidade dos afetos e aquelas palavras que nos tornam estrangeiros ao mesmo tempo que podem nos dar um lugar no mundo.
María José Navia, Artes y Letras