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Nos últimos duzentos anos, o panorama cultural português sofreu acentuadas mutações. O colapso do sistema mecenático da corte do Antigo Regime coexistiu com as primeiras explosões da imprensa livre e com uma intensa disputa política. O triunfo do liberalismo significou a consolidação de novas formas de difusão e expressão cultural, combinadas com o auge do romantismo oitocentista e com um relevante processo de secularização.
A viragem do século pautou-se pela combinação do nacionalismo emergente com novos meios técnicos, como a fotografia, a rádio e o cinema, instrumentos da evolução em direção à cultura de massas, num cenário onde ainda persistia o analfabetismo. Mas o pluralismo dará lugar, no contexto autoritário do colapso do liberalismo, ao peso da censura na expressão artística e literária, e aos esforços para produzir uma cultura oficial e colonial do novo regime.
A repressão aos intelectuais e os mecanismos censórios coexistiram com a afirmação de uma cultura de oposição em ambiente fortemente polarizado. As décadas de vida democrática posteriores a 1974 pautaram-se por tendência múltiplas, ainda difíceis de tipificar, mas sempre associadas a uma esfera comunicacional cada vez mais globalizada.
Este é o último volume da coleção História Contemporânea: Portugal - 1808-2000, coordenada por António Costa Pinto e Nuno Gonçalo Monteiro.
Valor não negociável.